segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Crítica aos objetos interativos de Lê Lourenço e Nathali Padovani

Os dois objetos lindos, lindos mesmo, a maquete das duas ficou super bem feita, e a estética desses trabalhos os valorizam muito. Bem agora analizando cada um separadamente, começo pelo objeto da Lê. Trata-se de uma luminária em forma de televisão com um potênciômetro, e um despertador, este quando toca faz acender a lânpada que ilumina todo o quarto. Não vejo muita interatividade do objeto com a pessoa, e sim do objeto com ele próprio, afinal é ele que marca a hora, ele que desperta, ele que acende. A lê só acorda e sai para fazer suas atividades. O objeto não muda muito a experiência de morar, muito pelo contrário, auxilia na experiência de não estar em casa, geralmente, quando se aciona o relógio para despertar logo se sai de casa para cumprir horários e compromissos. O morar e o estar em casa em relação ao objeto acontece em uma fração deo minuto no ato de despertar, o acender da luz e o levantar da lê. Não quero ser redundante, mas apesar do fato do objeto ser falho na interatividade tem grande potencial estético e até comercial.
Quanto ao objeto da Nathali, já expressa um pouco mais de interatividade e até influencia da experiência de morar. è uma mesa com imagens lindas de porta copos e a medida os copos são arrastados a imagem é projetata sob o vidro. É um objeto lúdico, mas não funcional (oposto do objeto da Lê), as pessoas se divertem com a sutileza das projeções sob os copos. No entanto é um objeto contido, as imagens estão apenas na mesa, no objeto, este dialoga com a pessoa mas não dialoga com o espaço. É limitado também pelo fato de não poder se usar qualquer copo, mas apenas copos específicos com ímãs na face inferior, que acionam as projeções, com certeza as pessoas da casa não usariam esses copos o tempo todo, talvez em um dia de festa. Mas aí o objeto não funcionaria no cotidiano, e passaria a ser uma mesa comum, não interativa. A experiência de morar se altera mas em apenas ocasiões específicas( o que de certa forma é falho por que morar é sempre, todo dia).

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